terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em 2011

Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte. Ou não.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sinto Muito.

Quem sabe eu ainda sou criança
Ou um velho eu não sei
Quem sabe eu já entrei na dança
Quem sabe eu não dancei
Quem sabe eu não saiba nada
Ou saiba tudo que eu não sei
Quem sabe a hora está errada
Ou há horas já errei
Talvez eu deixe você escolher
Quem saiba eu me perca por aqui
Às vezes quero tudo que sonhei
Às vezes o que eu quero é desistir
Pedaços de papel rasgado
Em cima da mesa de um bar
Não fume, não beba, não viva,
Não pense em sonhar
Pedaços de um coração partido
Em frente a uma carta de amor
Não chore, não ligue, não volte,
Não ouse me amar
Milhas e milhas eu fui percorrer
Por milhas eu não soube aonde ir
Às vezes não espero me encontrar
Talvez um dia eu te encontre por aí
Ah, eu sinto muito blues.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dos meus blues.

Minhas tentativas de te escrever uma carta foram em vão, mas quando pensei em qualquer dedicatória que poderia fazer no verso da nossa foto, essa foi com certeza a mais sincera que consegui.

'E me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero – pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida – e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero.'

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Better

"apenas para registro:
na sexta (depois de dormir e acordar): sim
no sábado: sim
no domingo: não (afinal é dia de descanso)
na segunda: sim
beijos..."

domingo, 28 de novembro de 2010

Can I have you?

And I will blame myself for holding on to what I hoped would keep you by my side.
I will blame myself. The Sheets are stained with memories of your soft kiss.
Now this is all I have. Paper and pen to remember you with. And I will blame myself.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Out of line

Você e eu. Feitos pra sermos imutáveis, impossíveis. É a total loucura do destino. Incalculável. Insuportável. E pela última vez você é tudo o que eu quero e desejei. Você é tudo que eu sonho. Quem não gostaria de ser o seu amor?
Não compreendo. Eu não me sinto agora, eu respiro por nós dois. Viaje o mundo, atravesse os céus, pois o seu lar é aqui, dentro do meu coração. E pela primeira vez estou te contando o quanto preciso e lutarei por cada movimento e ruído seu.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Soft Skeletons

'People used to say I would go insane if I didn't learn how to feel. Well tell me what's so great about feeling, Cherie, cause I finally let myself and it feels like my heart has been completely ripped out..Then I must be delusional cause I could swear you felt the same way about me.'